segunda-feira, 28 de maio de 2012




Os fatos reais que você lerá abaixo (se assim quiser) sobre os camponeses chineses que se converteram ao cristianismo, é uma daquelas histórias que escancaram ao mundo o quanto certas igrejas ditas “evangélicas” no Brasil estão distantes de Cristo ao pregarem um “evangelho” deturpado que só vê sentido na riqueza e na prosperidade.

No blog Hao Hao Report, uma pessoa que se identifica como Tom conta a sua experiência com camponeses chineses que se converteram a Cristo. Com o perdão do mau trocadilho, não é de bom tom dar o nome real quando se trata de ser cristão na China, já que a perseguição oficial é feroz.

Tom relata que visitou uma igreja humilde numa pequena vila da distante zona rural chinesa, em que os habitantes lhe contaram como suas vidas mudaram ao se converterem a Cristo.

Uma senhora disse que, antes de se tornarem cristãos, a vila era bastante conhecida na região por viverem brigando com seus vizinhos, desde o nascer até o por do sol. Os forasteiros se assustavam de já poder ouvir de longe as discussões quando se dirigiam à vila.

“Nós éramos terríveis naquela época”, complementa o testemunho. A congregação, um tanto quanto envergonhada, assentiu com a cabeça ao relato da irmã em Cristo. Mais tarde, alguém contou a Tom – mal podendo conter o riso - que aquela senhora era uma das mais briguentas do povoado.

Tudo começou a mudar quando uma das atuais irmãs conheceu um pastor chinês do vilarejo vizinho e se converteu. A partir daí, os seus vizinhos viram como ela estava feliz e quiseram se converter a Cristo também.

O resultado foi que hoje quase todos os habitantes da vila são cristãos, e nunca mais houve briga entre eles, tendo inclusive recebido um prêmio do governo local por viverem e trabalharem num lugar tão harmonioso.

Entretanto, há outras mudanças que lembram uma comédia pastelão de mau gosto. Pelo fato de viverem numa montanha alta e íngreme, não havia estrada para transitar, e eles desciam os caixões com seus defuntos por uma corda, o que provocava, de vez em quando, que os caixões se abrissem e os corpos rolassem precipício abaixo, o que era sinal de profunda má sorte para a família.

Hoje, eles não fazem mais este tipo de gambiarra macabra nos funerais, principalmente porque desde que se converteram, sentiram a necessidade premente de se facilitar o acesso dos moradores às suas reuniões cristãs.

Naquela época, levava algo em torno de 6 horas para que os irmãos e as visitas chegassem à pequena capela que os congregava. Era muito difícil e perigoso chegar lá.

Foi aí que Tom entrou na história, ao saber da situação e contatar uma organização cristã para ajudar a solucionar o problema. Essa organização firmou parceria com o governo local para financiar a construção da estrada, mas seria necessária a participação dos moradores num mutirão para baratear os custos do projeto.

Ainda que naquele começo de vida cristã, eles ainda tivessem um resquício de brigas e discussões que – entretanto - não mais minavam a solidariedade, o fato de terem que trabalhar pesado na lavoura de sol a sol os impedia de trabalhar no mutirão, até que uma mulher com apenas um braço pegou um balde e começou a trabalhar na estrada.

Quando os outros moradores viram que uma senhora deficiente física queria trabalhar, não tiveram mais desculpas para se negar ao mutirão. Nesse ponto, a emoção coletiva leva tanto a mulher como a congregação a chorar enquanto relatam a Tom o que aconteceu.

A estrada, obviamente, não ajudou somente as pessoas a irem à igreja, mas lhes permitiu o acesso a produtos como alimentos e remédios, além de poderem escoar sua produção de maneira mais rápida e barata, o que eles entenderam como bênçãos de Deus à vila recém-convertida.

Como a imensa maioria dos habitantes do povoado é composta de analfabetos, fica difícil para eles entenderem o evangelho e os ensinos bíblicos, mas uma das irmãs da igreja, por exemplo, tratou de pedir ao seu marido que ele lesse a Bíblia a fim de que ela pudesse memorizar a maioria dos textos importantes.

O marido de outra irmã se esforçou ainda mais para que ela aprendesse a ler. Toda noite ele copiava um versículo em ideogramas chineses bem grandes para que, enquanto ela lavrasse a terra no dia seguinte, pudesse aprender a ler o cartaz com o verso, ideograma por ideograma, pregado nas costas do boi que estava puxando o arado. Hoje ela é uma das líderes da igreja.

Desta forma, ainda que a maioria dos irmãos não saiba ler até hoje, todos eles podem ter acesso à Bíblia de uma maneira ou outra, além de passarem um tempo extra aprendendo os hinos do dia antes de cada culto.

Já que vivem relativamente isolados, os lavradores cristãos chineses tiveram poucos problemas com o governo comunista. Certa vez, por exemplo, um deles escreveu cartazes contra a vinda de prostitutas ao lugarejo, e alguém denunciou à polícia comunista que ele estava promovendo agitação contra o governo.

Ao ser procurado pelos policiais, entretanto, o irmão percebeu rapidamente que estava sendo vítima da fofoca de alguém que não gostava dele pelo fato dele ser cristão, e que a polícia oficial nem sabia o que estava escrito nos cartazes.

Ao contar a eles o que exatamente dizia cada cartaz, os policiais ficaram envergonhados por terem sido pegos numa denúncia falsa, e lhe asseguraram que não iam mais molestá-lo.

Esta é a maneira simples na qual vive uma comunidade cristã na zona rural chinesa, buscando o bem coletivo, muito diferente de gente do outro lado do planeta que vive “tomando posse” e “determinando” coisas atrás de dinheiro para satisfação única e exclusiva do seu ego, e há muito tempo, infelizmente, não sabe o que é botar a mão no arado para Jesus (Lucas 9:60).


quinta-feira, 19 de abril de 2012

Deus tem um plano horrível para a sua vida.

POSTADO POR RENATO VARGENS QUINTA-FEIRA, ABRIL 19, 2012 13:11:00 6 COMENTÁRIOS 
MARCADORES:
 LIDERANÇA , TEOLOGIA
Por Renato Vargens


O meu amigo Wilson Porte compartilhou hoje pela manhã uma impactante sentença de John MacArthur a qual reproduzo abaixo:

"Você sabia que Deus não tem um plano maravilhoso para a sua vida? A menos que você considere o tormento eterno como um plano maravilhoso. Ele tem um plano horrível para aqueles que não conhecem a Cristo. Quando compartilhamos o evangelho com as pessoas, talvez devamos dizer-lhes: 'Você sabia que Deus ama você e tem um plano horrível para sua vida?' Temos de abordar o problema do pecado. Um Deus santo, bom e puro não pode tolerar o mal."

Caro leitor, por acaso você já deu conta que muitas das vezes anunciamos o Evangelho de forma equivocada? Pois é, sem que percebamos dizemos as pessoas que Deus é bom e que Ele deseja galardoa-las  com bênçãos distintas. Ora, claro que isso é verdade, todavia, anunciar esses pressupostos sem proclamar que o salário do pecado é a morte, significa contribuir com a proclamação de um Evangelho humanista.

Prezado amigo, as Escrituras afirmam que o homem sem Cristo está condenado a morte eterna.  Será que você não sabe que o destino daqueles que não foram salvos por Cristo é o inferno? 

Amado irmão, que Evangelho temos pregado? Será que temos anunciado aos perdidos sua real condição convidando-os ao arrependimento? Será que temos nítida compreensão do que seja o inferno?

Jonathan Edwards que ao tratar sobre o inferno disse:

"Se nós que cuidamos das almas soubéssemos como é o inferno e conhecêssemos a situação dos condenados à perdição, ou se por algum outro meio nos tornássemos conscientes de quão pavorosa é a condição deles; se ao mesmo tempo soubéssemos que a maioria dos homens foi para lá e víssemos que nossos ouvintes não se dão conta do perigo – nestas circunstâncias, seria moralmente impossível que evitássemos mostrar-lhes com muita seriedade a terrível natureza de tal desgraça e como estão extremamente ameaçados por ele. Nós até mesmo lhe clamaríamos em alta voz.

Quando os ministros pregam friamente sobre o inferno, advertindo os pecadores de que o devem evitar, por mais que suas palavras digam que é infinitamente terrível, eles acabam se contradizendo; pois à semelhança das palavras, as ações também têm sua própria linguagem. Se o sermão de um pregador ilustra a situação do pecador como imensamente pavorosa, enquanto seu comportamento e sua maneira de falar contradizem isso – mostrando que ele não pensa assim – tal ministro vai contra seu objetivo, porque neste caso a linguagem das ações é muito mais eficaz do que o significado puro e simples de suas palavras. Não que eu credite que devemos pregar somente a Lei; acontece que ministros talvez preguem suficientemente outras coisas. O evangelho deve ser proclamado tanto quanto a Lei e esta deve ser pregada apenas para preparar o caminho para o evangelho, a fim de que ele possa ser proclamado de modo mais eficaz. A principal tarefa dos ministros é pregar o evangelho: "Porque o fim da Lei é Cristo para a justiça de todo aquele que crê" (Rm 10.4). Portanto, um pregador ficaria muito além da verdade se insistisse demais nos terrores da Lei, esquecendo seu Senhor e negligenciando a proclamação do evangelho. Mesmo assim, porém, a Lei realmente deve ser enfatizada, e sem isso a pregação do evangelho talvez seja em vão.

Certamente, é belo falar com seriedade e emoção, conforme convém à natureza e importância do assunto. Não nego que possa existir um pouco de impetuosidade imprópria, diferente daquilo que, pela lógica, decorreria da natureza do tema, fazendo com que forma e conteúdo não estejam de acordo. Alguns dizem que é ilógico usar o medo a fim de afugentar as pessoas para o céu. Contudo, acho que faz parte da lógica o esforço para afugentar as pessoas do inferno em cujas margens elas se encontram, prontas para cair dentro dele a qualquer momento, mas sem se dar conta do perigo. Não seria justo afugentar alguém para fora de uma casa em chamas? O medo justificável, para o qual há uma boa razão, certamente não deve ser criticado como se fosse algo ilógico."

Caro leitor, os que falam do inferno sem lágrimas nos olhos e com frieza na alma apontam para o fato de que não entenderam a mensagem do Evangelho.
Pense nisso!

Renato Vargens
 Visite o blog do pastor Renato Vargens http://renatovargens.blogspot.com.br/
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Congresso de Missões

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Subsidio Lição 4 - Esmirna, A Igreja Confessante e Mártir

“A IGREJA DE ESMIRNA” - Pr. Ciro Sanches Zibordi
Leitura bíblica: Apocalipse 2.8-11

I. A igreja de Esmirna


1. Diferentemente da igreja de Éfeso, a igreja de Esmirna não é mencionada em nenhuma outra parte do Novo Testamento. Mas há indícios de que ela também tenha sido estabelecida por Paulo e seus companheiros.

a) Em Atos 19.10, está escrito que, num espaço de dois anos, “todos os que habitavam na [província da] Ásia ouviram a palavra do Senhor Jesus, tanto judeus como gregos”.
b) Nos tempos do Novo Testamento havia três Ásias: o continente; a região (Ásia Menor, atual Turquia); e a província.
c) Paulo apenas passou por Éfeso, capital da província da Ásia, em sua segunda viagem missionária (At 18.19-23).
d) Na sua terceira viagem, Paulo se estabeleceu na Ásia e a evangelizou, a ponto de o ourives Demétrio ter declarado: “bem vedes e ouvis que não só em Éfeso, mas até quase em toda a Ásia, este Paulo tem convencido e afastado uma grande multidão, dizendo que não são deuses os que se fazem com as mãos” (At 19.26).

2. A cidade de Esmirna, fundada por Alexandre Magno, era bonita, rica e rival de Éfeso. No ano 26 d.C. várias cidades da Ásia Menor competiram pelo privilégio de construir um templo ao imperador Tibério. Esmirna ganhou de Éfeso esse privilégio. Era uma cidade famosa por seu porto e pela mirra que produzia. Apesar de inferior a Éfeso e de não possuir os atrativos de Laodiceia, se ufanava de ser a mais importante da província. Hoje, chama-se Izmir e é a principal cidade da Turquia.


II. Análise da carta à igreja de Esmirna (Ap 2.8-11)


1. “E ao anjo da igreja que está em Esmirna escreve” (v.8).

a) O pastor da igreja de Esmirna era Policarpo (69-155), discípulo de João que se tornou um dos mais notáveis pais da igreja. Ele foi queimado sobre o monte Pagus, no ano 155 d.C., por não ter negado a fé em Cristo perante o carrasco romano. Seus algozes queriam que ele dissesse: Kaiser Kurios (“César é Senhor”), mas ele reafirmou que Jesus é Senhor (Iesous Kurios).
b) Por que a carta foi endereçada ao pastor da igreja?
● Deus prioriza o líder. Quem o despreza, despreza o Senhor (1 Sm 8.7).
● O pastor é o responsável perante o Senhor. Deus só não fala com o líder se ele estiver completamente desviado (1 Sm 3.11-14; 28.6).

2. “Isto diz o Primeiro e o Último, que foi morto e reviveu” (v.8) — o Senhor Jesus empregou criteriosamente os títulos com que designou a si mesmo, em harmonia com a situação reinante em cada igreja.

a) Éfeso — tinha muitas qualidades, mas faltou-lhe a principal: a manutenção do primeiro amor. Jesus se revelou a essa igreja como “aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro” (Ap 2.1).
b) Esmirna — uma igreja que foi provada e venceu; deveria ser fiel até a morte. Jesus se revelou a essa igreja como “o Primeiro e o Último, que foi morto e reviveu” (Ap 2.8). 
c) Pérgamo — abraçara a doutrina de Balaão e dos nicolaítas; deveria se arrepender. Jesus se revelou a essa igreja como “aquele que tem a espada aguda de dois fios” (Ap 2.12).
d) Tiatira — suas últimas obras eram melhores que as primeiras, ao contrário de Éfeso. Jesus se revelou a essa igreja como “o Filho de Deus, que tem os olhos como chama de fogo e os pés semelhantes ao latão reluzente” (Ap 2.18).
e) Sardo — seu pastor estava morto; poucos, ali, agradavam a Jesus. Ele se revelou a essa igreja como “o que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas” (Ap 3.1).
f) Filadélfia — uma igreja fiel, a melhor de todas, que deveria guardar o que tinha, a fim de não perder a sua coroa. Jesus se revelou a essa igreja como “o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi, o que abre, e ninguém fecha, e fecha, e ninguém abre” (Ap 3.7).
g) Laodiceia — uma igreja infiel, cujo pastor, espiritualmente, era desgraçado, miserável, pobre, cego e nu. Jesus se revelou a essa igreja como “o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus” (Ap 3.14).

3. “Eu sei as tuas obras, e tribulação” (v.9):

a) Jesus sabe qual é a nossa motivação; por isso, no Tribunal de Cristo, seremos julgados segundo a qualidade das nossas obras (Ap 22.12; 2 Co 5.10; 1 Co 3.11-15).
b) A tribulação revela quem é fiel e quem é conveniente (Mt 13.21; 2 Co 1.3-6).

4. “Eu sei a tua pobreza (mas tu és rico)”:

a) Contrastes entre Esmirna e Laodiceia:
● Laodiceia era rica, financeiramente, mas pobre, espiritualmente (Ap 3.17,18). Esmirna era o inverso disso.
● Laodiceia é a cara do mundo. Esmirna é o rosto de Cristo, humilhado e ferido.
b) As razões da pobreza de Esmirna:
● Seu testemunho de Jesus (Mt 5.10-12).
● Crentes procediam, em geral, das classes pobres; muitos deles eram escravos.
● Crentes eram saqueados, e seus bens eram tomados pelos perseguidores (Hb 10.34).
● Crentes rejeitavam os métodos suspeitos, por sua fidelidade a Cristo. E, por isso, perdiam lucros fáceis, que iam para as mãos de pessoas inescrupulosas. Naquela grande cidade comercial, os cristãos podiam ter conseguido uma boa existência, mas aceitaram voluntariamente as desvantagens sociais (Hb 11.23-26).
c) Os que priorizam riquezas materiais tornam-se pobres, espiritualmente (Mt 6.19-21; 2 Co 6.10; Tg 2.5; Mt 19.24; Jo 12.25).

5. “Eu sei a blasfêmia dos que se dizem judeus e não o são, mas são a sinagoga de Satanás” (v.9).

a) Em quase todas as igrejas da Ásia havia os que diziam ser alguma coisa: Éfeso (Ap 2.2); Esmirna (v.9); Tiatira (v.20); Filadélfia (3.9); Laodiceia (v.17). Uma coisa é pensar, parecer e dizer que é isto ou aquilo; outra é ser, de fato (Gl 2.6; 6.3; Mt 7.21-23).
b) Os crentes de Esmirna eram blasfemados, isto é, sofriam acusações levianas dos falsos judeus, que estavam a serviço do Diabo.
c) Os cristãos daquele tempo eram blasfemados (1 Co 4.13) e chamados de:
● Canibais — por celebrarem a Ceia do Senhor (Jo 6.56; 1 Co 11.);
● Imorais — por celebrarem a festa do Agape (cf. 1 Co 11.17-21);
● Ateus — por não se dobrarem ante as imagens de escultura (At 19.26);
● Desleais ao imperador — por chamarem Jesus de único e suficiente Senhor e Salvador (Iesous Kurios). A adoração ao imperador era compulsória.
● Desagregadores da família — por levarem pessoas a mudarem de religião (cf. Mt 10.34-36).

6. Mensagem de encorajamento (v.10):

a) “Nada temas das coisas que hás de padecer” — o Senhor nos livra de todos os temores (Sl 34.4; 1 Jo 4.18; 2 Tm 1.7).
b) “Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados [postos à prova]” — Deus prova; a tentação está contida na provação (Tg 1.12-14; Dt 13.1-4);
c) “e tereis uma tribulação de dez dias” — o Senhor não deixa exceder a medida; nossa tribulação é passageira e suportável (2 Co 4.17,18; 1 Co 10.13; 1 Pe 1.6,7).
d) “Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida”:
● As igrejas da Ásia que estavam agradando a Jesus foram estimuladas a conservarem a sua posição: Esmirna (2.10); Tiatira (v.25); Filadélfia (3.11). As outras deveriam se arrepender: Éfeso (2.5); Pérgamo (v.16); Sardo (3.3); Laodiceia (v.19).
● Jesus, nosso paradigma, foi obediente até a morte (Fp 2.5-11; Hb 5.8,9).
● A coroa será entregue aos vencedores logo após o Arrebatamento (2 Tm 4.7,8; 1 Pe 5.4; Tg 1.12; Ap 2.10).

7. “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas” (v.11) — palavras transmitidas a todas as igrejas:

a) Mensagem de encorajamento: “Eu sei as tuas obras” ou “Eu conheço as tuas obras” (Ap 2.2,9,13,19; 3.1,8,15).
b) Advertência: “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Ap 2.7,11,17,29; 3.6,13,22).
c) Promessa: “Ao que vencer”, “O que vencer” ou “A quem vencer” (Ap 2.7,11,17,26; 3.5,12,21).

8. “O que vencer não receberá o dano da segunda morte” (v.11).

a) Morte, na Bíblia, sempre denota separação.
b) Há dois tipos de morte:
● Morte física — é a separação entre o “homem interior” e “homem exterior” (Tg 2.26; Gn 35.18; At 20.10; 1 Rs 17.22; Jó 27.8; Lc 8.55; At 7.59).
● Morte espiritual:
1) Morte para o pecado (regeneração) — é a separação do pecado, ilustrada pelo batismo em águas (Rm 6.11).
2) Morte em pecados — é a separação de Deus por causa do pecado (Is 59.1,2; Ef 2.1; Lc 15.24).
3) Segunda morte — é a separação eterna de Deus por causa da permanência no pecado (Ap 20.6,14; 21.8).
c) Por que segunda morte? Porque a morte física é a primeira. Nesse caso, quem nasce apenas uma vez, morrerá duas vezes; e quem nasce duas vezes morrerá apenas uma vez (Jo 3.1-7).

ESMIRNA, A IGREJA CONFESSANTE E MÁRTIR. Subsídio para Lição - Pr. Altair Germano

A Fundação da Igreja em Esmirna
Localizada ao norte de Éfeso, e com uma população de cerca de 250.000 habitantes, a cidade de Esmirna era considerada a mais bela da Ásia Menor. Sua beleza natural era fascinante. Seu esplendor habitava entre o mar e as montanhas. Sua estrutura urbana era modelo para as demais cidades de sua época. O comércio internacional favorecia economicamente a cidade, que era grande exportadora de mirra.
Na condição de centro religioso, em Esmirna eram adorados os deuses Cibele, Apolo, Asclépio, Afrodite e Zeus. O culto ao imperador, que incluía a queima de incenso a imagem de César, foi lá bastante difundido e praticado. [1] Conforme Kistemaker:
Em 26 d.C., ela dedicou um templo ao imperador Tibério e se gabava de ser a principal no culto ao imperador. Essa jactância agradou aos administradores romanos, os quais fomentavam a paz e a unidade que caracterizavam o espírito de Roma por todo o império. William Barclay escreve que, para tornar o espírito de Roma tangível, os romanos apresentaram o imperador como sendo sua incorporação, e assim surgiu o culto ao imperador. Ainda que alguns dos primeiros imperadores discordassem de tal culto, a população o ativou ao ponto de tornar os imperadores divinos.[2]
Não há registros específicos da chegada do Evangelho e da fundação da igreja em Esmirna, mas podemos sem problema algum enquadrar tais fatos no contexto de Atos 19.10:
Durou isto por espaço de dois anos, dando ensejo a que todos os habitantes da Ásia ouvissem a palavra do Senhor, tanto judeus como gregos.
Como na grande maioria dos casos, na medida em que foi estabelecida pela pregação do Evangelho, a igreja em Esmirna começou a provocar e a vivenciar algumas tensões, inquietações e desconfortos, que aos poucos se transformou numa violenta e cruel perseguição.
A Perseguição à Igreja em Esmirna
Ao anjo da igreja em Esmirna escreve: Estas coisas diz o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver: (Ap 2.8)
Os historiadores sugerem que o bispo da igreja em Esmirna por ocasião desta carta era Policarpo (69 d.C.-155 d.C.). Como falar de Esmirna e não citar esse grande mártir da história do cristianismo?
Policarpo fora discipulado por João. Ao se tornar pastor da igreja em Esmirna manteve-se fiel à Palavra, mesmo sendo sabedor da possibilidade do martírio.
No ano de 155 ainda estava vigente a política de Trajano sugerida ao governador Plínio, onde os cristãos não eram perseguidos, mas se delatados por alguém, e se negavam a adoração aos deuses ou ao imperador, eram submetidos aos tribunais romanos, condenados, castigados e martirizados. [3]
Eusébio de Cesaréia, em sua História Eclesiástica, nos narra alguns detalhes do martírio de Policarpo, registrados numa correspondência enviada pela igreja em Esmirna às igrejas de Ponto. Antes de relatar os fatos relacionados ao martírio de Policarpo, na referida correspondência se encontra detalhes sobre os métodos empregados pelos martirizadores dos crentes em Esmirna:
Os que postavam à volta ficavam tomados de assombro ao vê-los lacerados por chicotadas, expondo o próprio sangue e artérias, de modo que a carne encerrada nas partes mais internas do corpo e as próprias entranhas ficavam à vista. Eles eram deitados sobre conchas do mar e sobre pontas afiadas de lanças sobre o chão. E depois de passar por todo tipo de punição e tormento, eram por fim lançados às feras. [4]
Foi a postura de um jovem nobre chamado Germânico diante de seu próprio martírio, que a fúria dos perseguidores se voltou incontrolavelmente contra o líder da igreja em Esmirna. Persuadido por muitos e de várias maneiras para que negasse a sua fé em Cristo, e que prestasse culto ao imperador, Policarpo caminhou firme em direção ao estádio onde seria martirizado. Quando o governador lhe pediu para que negasse a Cristo, Policarpo lhe respondeu:
Oitenta e seis anos tenho-lhe servido, e ele nunca me fez mal; e como posso agora blasfemar meu Rei que me salvou? [... ] Ameaça-me com fogo que queima por um momento e logo se extingue, pois nada sabes do julgamento que virá e do fogo da punição eterna reservada para os perversos. Mas, por que te demoras? Faze o que desejas. [5]
As palavras de Policarpo enfureciam cada vez mais os seus algozes. Como de costume, o arauto se dirigiu ao centro do estádio e proclamou: “Policarpo confessa que é cristão”. Amarrado a uma estaca e sem roupas, antes de seus executores acenderem o fogo, Policarpo fez a seguinte oração:
Ó Pai de teu amado e bendito Filho Jesus Cristo, por meio de quem recebemos o conhecimento a teu respeito. O Deus dos anjos e poderes, e de toda a criação, e de toda a família dos justos, que vive diante do pai, bendigo-te por teres me considerado digno deste dia e hora, de fazer parte do número de mártires e do cálice de Cristo, até a ressurreição da vida eterna, tanto da alma como do corpo, na felicidade incorruptível do Santo Espírito. Que eu possa ser recebido entre eles em sua presença neste dia, como um sacrifício rico e aceitável conforme preparou, revelou e cumpriu o fiel e verdadeiro Deus. Assim, por essa causa e por todas as coisas louvo-te, bendigo-te por intermédio do sumo sacerdote eterno, Jesus Cristo, teu Filho amado. Por meio de quem seja a glória para ti no Santo Espírito, agora e para sempre. Amém. [6]
Quando nos deparamos com as narrativas acima, passamos a entender a necessidade da ênfase dada no início da carta à igreja em Esmirna à morte e ressurreição de Jesus, que certamente contribuiu para ajudar aqueles crentes fiéis a superarem o medo natural da morte e do martírio.
O Exemplo da Igreja em Esmirna
Conheço a tua tribulação, a tua pobreza (mas tu és rico) e a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás. (Ap 2.9)
Jesus declara conhecer a real condição daquela igreja, que implicava em constante e grande aflição (gr. thlipsin), e em extrema pobreza (gr. ptocheian), mas que era espiritualmente e essencialmente rica.
A condição da igreja em Esmirna promove a desconstrução dos fundamentos da Teologia da Prosperidade e da Vitória Financeira, fortemente difundidos nas Assembleias de Deus no Brasil pelo pastor Silas Malafaia, através de seu programa de televisão. Os crentes de Esmirna eram fiéis, mas tal fidelidade provocou a tribulação e pobreza material deles, visto que na prospera cidade de Esmirna muitos foram obrigados a deixar os seus empregos, tendo também os seus bens confiscados. [7] Como bem adverte Kistemaker:
Isso não significa que os crentes devam atrair perseguição e dificuldades a fim de ficarem ricos de possessões espirituais; antes, Jesus quer que sejam fiéis, a ele e à sua palavra, mesmo quando passam por dificuldades e abuso, porque então serão espiritualmente bem-aventurados (Mt 5.11, 12; Tg 2.5)
É preciso ter cuidado para não incorrermos no erro da Teologia da Prosperidade e da Teologia da Miserabilidade.
O tipo de fé vivenciada pela igreja em Esmirna deve provocar em nós uma reflexão sobre o tipo de fé que vivenciamos em pleno século XXI. Até que ponto não estamos praticando algum tipo de idolatria pós-moderna? Podemos não estar cultuando o “imperador”, mas será que não cultuamos o “poder” do imperador? Quando pastores abandonam os seus ministérios, ou dividem o pastoreio do rebanho com a política secular, não está aí presente o culto ao poder? Quando líderes fazem acertos com políticos em bastidores, chegando a negociar os votos da igreja em períodos de campanhas eleitorais, visando em alguns casos tirar proveito em benefício próprio, de familiares e de amigos, não estamos queimando incenso aos imperadores? Será que não trocamos os deuses em forma de estátuas e imagens, por deuses em forma de bens e recursos materiais?
O atual assédio dos políticos mundanos em torno das Assembleias de Deus no Brasil, não deveria provocar em nós desconfiança? Por que não éramos assediados quando não passávamos de um pequeno grupo de “bodes barulhentos”? Por que nossos templos não eram visitados por vereadores, deputados, senadores, prefeitos, governadores e presidentes na época em que não tínhamos tanta expressividade numérica e visibilidade social?
Será que diferente da igreja em Esmirna, não fomos seduzidos, embriagados, entorpecidos e enganados pela glória e honra do presente século, oferecida por satanás ao próprio Cristo (Mt 4.8-9)?
Qual é a real condição da igreja evangélica brasileira, e em especial as Assembleias de Deus, diante daquele que não apenas conhece todas as obras, mas que conhece também os nossos desejos, vontades, motivações e interesses?
Que a igreja de Esmirna nos sirva de exemplo e referencial de fidelidade a Deus, coragem e determinação.
[...] Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte. (Ap 2.10c-11)


ASSEMBLEIA DE DEUS EM IMPERATRIZ - MARANHÃO - 1952 A 2012

Culto da Família

No próximo domingo dia 22/04/2012, teremos se Deus permitir o culto dirigido pelo Depto. da Família. Mensagem do mês "GUERREANDO POR NOSSOS FILHOS" , participe conosco deste maravilhoso culto e ore pelos filhos e pelas famílias.

Curso para Casais Lar Feliz


DESCOBRINDO OS PRINCÍPIOS BÍBLICOS PARA O CASAMENTO.

A paz do Senhor, graças ao nosso bom Deus fizemos neste final de semana o treinamento do curso para casais. Estamos capacitados para abrirmos o curso de casais em nossa congregação. Em breve será lançado a data de inicio do curso e a seleção dos casais que irão participar deste abençoado curso.

Os casais interessados em fazer o curso procure os seguintes irmãos para fazerem sua inscrição:

Antonielson e Ana Claudia
Antenor e Concita
Josafa e Lourdinha.

Que Deus nos Abençoe.